Alguns leitores enviaram-me emails a perguntar-me para que serve a gigantesca anémona de Matosinhos, sugerindo até que podia servir para apanhar peixes durante um tsunami 🙂
O que a história verdadeira falha em fantasia, compensa em poesia. De facto, a escultura foi desenhada e construída por uma artista norte americana, Janet Echelman, em 2005. É um tributo a Matosinhos, terra do mar, localizada a 8 km do Porto.
A história da anémona de Matosinhos
Segura por três postes metálicos, esta gigantesca rede de 42 metros de diâmetro movimenta-se ao sabor do vento, imitando o movimento das anémonas. É uma escultura em constante mutação e, por isso, deram-lhe o nome She moves (Ela move-se). Mas nós tratamo-la carinhosamente por anémona.
Infelizmente, a nossa anémona tem passado por algumas dificuldades. Em 2007 a estrutura começou a degradar-se rapidamente devido às condições climatéricas. A Câmara Municipal de Matosinhos e Janet Echelman chegaram a acordo relativamente à reabilitação da escultura, sendo que a artista se comprometeu a pagar pela substituição da rede, uma vez que esta tinha uma garantia de 5 anos.
Mais recentemente o sistema de iluminação nocturna, que estava no jardim debaixo da escultura, foi vandalizado, com um prejuízo de 20.000€ em danos patrimoniais. O Presidente da Câmara apelou à população para providenciar qualquer informação que leve à captura das pessoas que fizeram este estrago. Por isso, acredito que mais do que nunca a Anémona precisa do olhar nocturno da população, a zelar pela segurança da sua querida escultura.